Startup brasileira voltada ao meio ambiente

Fundador da Alta Geotecnia Ambiental conta como tem sido o desenvolvimento do modelo de negócio da empresa, uma startup que atua no setor ambiental
Embora 90% das startups sejam ligadas ao mercado de negócios online, a classificação é muito mais abrangente e pode englobar, por exemplo, uma empresa que atua no desenvolvimento de soluções voltadas ao meio ambiente. É o caso da Alta Geotecnia Ambiental, que possui as características básicas de uma startup – sócios jovens e empreendedores, baixo investimento e elevado risco –, mas atua no mundo real, com prestação de serviços.
Incubada no Instituto Gênesis da PUC-Rio, a Alta surgiu como um spin-off do Núcleo de Excelência em Geotecnia Ambiental (NGA), criado em 1996 na universidade e um dos primeiros grupos da área a ser reconhecido oficialmente pelas instituições de fomento à pesquisa, como CNPq/MCT e FAPERJ. A empresa foi criada para garantir a aplicação do conhecimento técnico gerado, a transferência de tecnologia, formação e qualificação de equipe.
“No geral, as pesquisas ficam restritas ao mundo acadêmico. Nosso objetivo é levá-las para fora, produzir resultados práticos e promover a troca de experiência, o que se reflete em inovações constantes, para ambas as partes, mercado e grupos de estudos científicos”, explica Álvaro de Freitas Viana, diretor-executivo e um dos sócio-fundadores da Alta, empresa de projetos e consultoria, voltada para os mercados de infraestrutura civil, mineração e meio ambiente.
Como estruturar, gerir e alavancar uma startup
Com mais de dois anos de atuação, a Alta ainda não recuperou o aporte inicial e conta com apenas 10 profissionais, mas os resultados obtidos até agora confirmam que está no caminho certo. “No primeiro ano, faturamos R$ 250 mil. Em 2011, R$ 1 milhão. Neste exercício, a expectativa é alcançarmos R$ 1,4 milhão”, conta Viana.
Mas como gerir uma empresa com poucos recursos financeiros, ligada ao mundo acadêmico, com atuação na área ambiental, que presta serviço especializado e personalizado? O executivo reconhece que não é simples, que no geral remam contra a maré, mas diz que é possível. “Demanda muito trabalho, persistência e espírito empreendedor.”
Segundo ele, esses requisitos são a base para a gestão dos recursos humanos. A equipe da Alta é formada por jovens de 23 a 27 anos, com ampla bagagem acadêmica, alunos de mestrado e doutorado, mas com pouca ou nenhuma experiência profissional. “Não temos condições de competir com os salários do mercado. Contudo, possibilitamos que cresçam junto com a empresa, apliquem na prática tudo o que desenvolvem na teoria e adquiram a vivência no mundo corporativo. É uma relação de ganha-ganha para todos”, explica, ressaltando que o ambiente de trabalho é descontraído e garante a motivação constante.
Receita e prospecção
No que se refere à gestão financeira, por ser incubada, a Alta tem uma carga tributária reduzida – mas, ainda assim, é elevada e também figura entre as principais reivindicações da empresa junto ao governo, a exemplo do que acontece com a maioria dos segmentos da economia.
Enquanto o cenário não muda, é preciso administrar da melhor maneira possível os recursos que entram. Atualmente, a receita mensal é suficiente para pagar os custos fixos e variáveis, reinvestir 5% no aprimoramento do negócio e no desenvolvimento de novos produtos e serviços e destinar outros 5% para um fundo de reserva. Sem revelar cifras, Viana reforça que o capital inicial não foi recuperado, mas está dentro dos cinco anos, previstos na criação da empresa.
Para ter receita é preciso ter clientes e para ter clientes é preciso investir em prospecção. Com pouco dinheiro, a equação pode não fechar. “No nosso caso, 90% dos negócios surgiram da rede de relacionamento dos sócios e da equipe. Os outros, do tradicional boca a boca. Um cliente satisfeito indica para o outro, que também indica. Assim, vamos formando mercado, adquirindo credibilidade e mais contratos”, comenta o diretor-executivo.
A Alta também investiu em comunicação formal, mais exatamente em um site e em assessoria de imprensa. “No primeiro ano, era um site básico, apresentando a empresa. Hoje, estamos na terceira versão, com vários recursos tecnológicos, detalhando os serviços e os resultados obtidos para os clientes, entre outras informações que explicam melhor nossa atuação, expertise, confiabilidade e solidez, apesar do pouco tempo de mercado”, diz Viana, confiante no futuro.
Portal HSM
20/09/2012
Fonte: http://www.hsm.com.br/editorias/sustentabilidade/startup-brasileira-voltada-ao-meio-ambiente
Embora 90% das startups sejam ligadas ao mercado de negócios online, a classificação é muito mais abrangente e pode englobar, por exemplo, uma empresa que atua no desenvolvimento de soluções voltadas ao meio ambiente. É o caso da Alta Geotecnia Ambiental, que possui as características básicas de uma startup – sócios jovens e empreendedores, baixo investimento e elevado risco –, mas atua no mundo real, com prestação de serviços.
Incubada no Instituto Gênesis da PUC-Rio, a Alta surgiu como um spin-off do Núcleo de Excelência em Geotecnia Ambiental (NGA), criado em 1996 na universidade e um dos primeiros grupos da área a ser reconhecido oficialmente pelas instituições de fomento à pesquisa, como CNPq/MCT e FAPERJ. A empresa foi criada para garantir a aplicação do conhecimento técnico gerado, a transferência de tecnologia, formação e qualificação de equipe.
“No geral, as pesquisas ficam restritas ao mundo acadêmico. Nosso objetivo é levá-las para fora, produzir resultados práticos e promover a troca de experiência, o que se reflete em inovações constantes, para ambas as partes, mercado e grupos de estudos científicos”, explica Álvaro de Freitas Viana, diretor-executivo e um dos sócio-fundadores da Alta, empresa de projetos e consultoria, voltada para os mercados de infraestrutura civil, mineração e meio ambiente.
Como estruturar, gerir e alavancar uma startup
Com mais de dois anos de atuação, a Alta ainda não recuperou o aporte inicial e conta com apenas 10 profissionais, mas os resultados obtidos até agora confirmam que está no caminho certo. “No primeiro ano, faturamos R$ 250 mil. Em 2011, R$ 1 milhão. Neste exercício, a expectativa é alcançarmos R$ 1,4 milhão”, conta Viana.
Mas como gerir uma empresa com poucos recursos financeiros, ligada ao mundo acadêmico, com atuação na área ambiental, que presta serviço especializado e personalizado? O executivo reconhece que não é simples, que no geral remam contra a maré, mas diz que é possível. “Demanda muito trabalho, persistência e espírito empreendedor.”
Segundo ele, esses requisitos são a base para a gestão dos recursos humanos. A equipe da Alta é formada por jovens de 23 a 27 anos, com ampla bagagem acadêmica, alunos de mestrado e doutorado, mas com pouca ou nenhuma experiência profissional. “Não temos condições de competir com os salários do mercado. Contudo, possibilitamos que cresçam junto com a empresa, apliquem na prática tudo o que desenvolvem na teoria e adquiram a vivência no mundo corporativo. É uma relação de ganha-ganha para todos”, explica, ressaltando que o ambiente de trabalho é descontraído e garante a motivação constante.
Receita e prospecção
No que se refere à gestão financeira, por ser incubada, a Alta tem uma carga tributária reduzida – mas, ainda assim, é elevada e também figura entre as principais reivindicações da empresa junto ao governo, a exemplo do que acontece com a maioria dos segmentos da economia.
Enquanto o cenário não muda, é preciso administrar da melhor maneira possível os recursos que entram. Atualmente, a receita mensal é suficiente para pagar os custos fixos e variáveis, reinvestir 5% no aprimoramento do negócio e no desenvolvimento de novos produtos e serviços e destinar outros 5% para um fundo de reserva. Sem revelar cifras, Viana reforça que o capital inicial não foi recuperado, mas está dentro dos cinco anos, previstos na criação da empresa.
Para ter receita é preciso ter clientes e para ter clientes é preciso investir em prospecção. Com pouco dinheiro, a equação pode não fechar. “No nosso caso, 90% dos negócios surgiram da rede de relacionamento dos sócios e da equipe. Os outros, do tradicional boca a boca. Um cliente satisfeito indica para o outro, que também indica. Assim, vamos formando mercado, adquirindo credibilidade e mais contratos”, comenta o diretor-executivo.
A Alta também investiu em comunicação formal, mais exatamente em um site e em assessoria de imprensa. “No primeiro ano, era um site básico, apresentando a empresa. Hoje, estamos na terceira versão, com vários recursos tecnológicos, detalhando os serviços e os resultados obtidos para os clientes, entre outras informações que explicam melhor nossa atuação, expertise, confiabilidade e solidez, apesar do pouco tempo de mercado”, diz Viana, confiante no futuro.
Portal HSM
20/09/2012
Fonte: http://www.hsm.com.br/editorias/sustentabilidade/startup-brasileira-voltada-ao-meio-ambiente
Nenhum comentário:
Postar um comentário